Tuesday, May 22, 2007

PAPO COM O VOVÔ



Uma tarde o neto conversava com seu avô sobre os acontecimentos e, de repente, perguntou:
- Quantos anos você tem, vovô?
E o avô respondeu:
- Bem, deixa-me pensar um pouco... Nascí antes da televisão, das vacinas contra a polio, comidas congeladas, fotocopiadora, lentes de contato e pílula anticoncepcional. Não existíam radares, cartões de crédito, raio laser nem patins on líne. Não se havía inventado ar condicionado, lavadora, secadoras (as roupas simplesmente secavam ao vento). O homem nem havia chegado à lua, "gay" era uma palavra inglesa que significava uma pessoa contente, alegre e divertida, não homossexual. Das lésbicas, nunca havíamos ouvido falar e rapazes não usavam pircings. Nascí antes do computador, duplas carreiras universitárias e terapias de grupo. Até completar 25 anos, chamava cada homem de "senhor" e cada mulher de "senhora" ou "senhorita". No meu tempo, virgindade não produzia câncer. Ensinaram-nos a diferenciar o bem do mal, a ser responsáveis pelos nossos atos. Acreditávamos que "comida rápida" era o que a gente comia quando estava com pressa. Ter um bom relacionamento, era dar-se bem com os primos e amigos. Tempo compartilhado, significava que a família compartilhava férias juntos. Não se conhecia telefones sem fio e muito menos celulares. Nunca havíamos ouvido falar de música estereofônica, rádios FM, Fitas cassettes, CDs, DVDs, máquinas de escrever elétricas, calculadoras (nem as mecânicas quanto mais as portáteis). "Notebook" era um livreto de anotações. Aos relógios se dava corda a cada dia. Não existía nada digital, nem relógios nem indicadores com números luminosos dos marcadores de jogos, nem as máquinas. Falando em máquinas, não existiam cafeteiras automáticas, micro-ondas nem rádio-relógios-despertadores. Para não falar dos video-cassettes, ou das filmadoras de video. As fotos não eram instantâneas e nem coloridas. Havia somente em branco e preto e a revelação demorava mais de três dias. As de cores não existiam e quando apareceram, sua revelação era muito cara e demorada. Se em algo lessemos "Made in Japan", não se considerava de má qualidade e não existía "Made in Korea", nem "Made in Taiwan", nem "Made in China". Não se havia ouvido falar de "Pizza Hut", "McDonald's", nem de café instantâneo. Havia casas onde se comprava coisas por 5 e 10 centavos. Os sorvetes, as passagens de ônibus e os refrigerantes, tudo custava 10 centavos. No meu tempo, "erva" era algo que se cortava e não se fumava. "Hardware" era uma ferramenta e "software" não existía. Fomos a última geração que acreditou que uma senhora precisava de um marido para ter um filho. Agora diga-me quantos anos acha que tenho?
- Hiii... vovô... mais de 200! Falou o neto.
- Não, querido, somente 58!

(Texto recebido por e-mail, autor desconhecido)

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