Wednesday, May 31, 2006







Vejam!
Faço parte do Blog ANS (Amigos Não Secretos).

Monday, May 29, 2006


Flores em você...
by Ira

De todo o meu passado
Boas e más recordações
Quero viver meu presente
E lembrar tudo depois
Nessa vida passageira
Eu sou eu, você é você
Isso é o que mais me agrada
Isso é o que me faz dizer
Que vejo flores em você...

Wednesday, May 24, 2006

Carrinho de venda... de sonhos nebulosos


Minha Viola Morena

by Judas Isgorogota






Morena, vá lá no quarto,
me traga a viola aqui;
quero-a com todas as fitas
que esvoaçando parecem
as asas de um bem-te-vi;
quero-a deitada em meu peito,
as suas cordas cantando
as mágoas que já senti...

Minha viola morena
tem corpo de mulher-dama,
tem gosto de sapoti,
tem cheiro de madrugada,
gemidos de juriti...

Morena, a minha viola
é o coração amoroso
que tenho plantado aqui...

Morena, a minha viola
é caipirinha dengosa;
se tu tens ciúme dela,
minha viola, morena,
não tem ciúmes de ti...

Ela se deita comigo,
comigo sonha e padece,
comigo pita e se afina
com um trago de parati...

Morena, a minha viola
é a mais mulher que já vi...

Wednesday, May 17, 2006

Poema de J.G. de Araújo Jorge


Os versos que te dou

Ouve estes versos que te dou, eu
os fiz hoje que sinto o coração contente
enquanto teu amor for meu somente,
eu farei versos... e serei feliz...

E hei de fazê-los pela vida afora,
versos de sonho e de amor, e hei depois
relembrar o passado de nós dois...
esse passado que começa agora...

Estes versos repletos de ternura são
versos meus, mas que são teus, também...
Sozinha, hás de escutá-los sem ninguém que
possa perturbar vossa ventura...

Quando o tempo branquear os teus cabelos
hás de um dia mais tarde, revivê-los nas
lembranças que a vida não desfez...

E ao lê-los... com saudade em tua dor...
hás de rever, chorando, o nosso amor,
hás de lembrar, também, de quem os fez...

Se nesse tempo eu já tiver partido e
outros versos quiseres, teu pedido deixa
ao lado da cruz para onde eu vou...

Quando lá novamente, então tu fores,
podes colher do chão todas as flores, pois
são os versos de amor que ainda te dou.


Do Livro "Meu Céu Interior" – 1934

Saturday, May 13, 2006



Duas Sombras

Olegário Mariano

Na encruzilhada silenciosa do destino,
quando as estrelas se multiplicaram,
duas sombras errantes se encontraram.

A primeira falou:
-Nasci de um beijo de luz, sou força, vida, alma e esplendor....
Trago em mim toda a sede do desejo,
Toda a ânsia do Universo.
Eu sou o Amor!
O Mundo sinto enxângüe em meus pés!
Sou delírio, loucura...E tu, quem és?

A segunda:- Eu nasci de uma lágrima.
Sou flama do teu incêndio que devora.
Vivo dos olhos tristes de quem ama,
para os olhos nevoentos de quem chora.
Dizem que vim ao mundo para ser boa,
para dar do meu sangue a quem queira.
Sou a Saudade, a tua companheira,
que punge, que consola e que perdoa...

Na encruzilhada silenciosa do Destino,
as duas sombras comovidas se abraçaram,
e, desde então, nunca mais se separaram.

Sunday, May 07, 2006

Crônica de Martha Medeiros


TE CUIDA
A gente sai de casa para ir numa festa ou para pegar a estrada, e antes que a porta atrás de nós se feche, ouvimos a voz deles, pai e mãe: te cuida. A recomendação sai no automático: tchau, te cuida. Um lembrete amoroso: te cuida, meu filho. A vida anda violenta, mas a gente não dá a mínima para este "te cuida" que a gente ouve desde o primeiro passeio do colégio, desde o primeiro banho de piscina na casa de amigos, desde a primeira vez que saímos a pé sozinhos. Pai e mãe são os reis do "te cuida", e a gente mal registra, tão acostumados estamos com estes que não fazem outra coisa a não ser querer nosso bem e nos amar para todo sempre, amém.

No entanto, lembro da primeira vez em que estava apaixonada, me despedindo dentro do carro, entre beijos mais do que bons, com aquele que devia ser um moleque mas para mim era um homem, e um homem estranho, uma vez que não era pai, irmão, primo, amigo ou colega. Depois do último beijo, abri a porta do carro e, antes de sair, ouvi ele dizer com uma voz grave e sedutora: te cuida.

Me cuidarei, pode deixar. Me cuidarei para estar inteira amanhã de novo para te ver de novo, te beijar de novo. Me cuidarei para me tocares com suavidade, para nunca encontrares um arranhão sobre a minha pele. E cuidarei do meu humor, dos meus cabelos, cuidarei para não perder a hora, cuidarei para não me apaixonar por outro, cuidarei para não te esquecer, vou me cuidar.

Me cuidarei ao atravessar a rua, me cuidarei para não pegar um resfriado, me cuidarei para não ficar doente. Me cuidarei, meu amor, enquanto estiver longe dos teus olhos, nos momentos em que você não pode cuidar de mim.

Fica a meu encargo voltar pra você do mesmo jeito que você me viu hoje. É de minha responsabilidade não ficar triste, não deixar ninguém me magoar, não deixar que nada de ruim me aconteça porque você me ama e não agüentaria. Claro que me cuido, nem precisava pedir.
Te cuida, dissera ele. E eu ouvi como se fosse um te amo.

Meses depois, terminado o namoro sem beijos de despedida, saio do carro trancando o choro, ainda que o rompimento tenha sido resolvido de comum acordo. Abro a porta e já estou com uma perna pra fora quando ouço, sem nenhuma aflição por mim, apenas consciência de que não teríamos mais notícias um do outro: te cuida.
Me cuidei. Só chorei quando já estava dentro do elevador.

Friday, May 05, 2006




BUSH, AGAMENON E OS CÃES

Na natureza, onde a mão perversora do homem ainda não tocou, os conflitos se travam com uma franqueza que nos deveria fazer pensar. Quando dois cães disputam um osso - arreganhando os dentes, inclinando as orelhas para trás e rosnando - tudo se passa com a mais absoluta clareza:
Nenhum deles chama o outro de ditador ou terrorista, nem batiza suas próprias mordidas de operação osso livre.
No fim, um dos cães será derrotado, abaixará as orelhas e adotará atitude de submissão; e o outro sairá abanando o rabo, com o osso entre os dentes.
Mas jamais passará pela cabeça de qualquer dos dois que a luta tenha sido regida por justiça ou por moral.
Na aurora da história, a espécie humana ainda preservava um pouco dessa sinceridade. Quando Agamenon liderou os gregos na carnificina da guerra de Tróia, ele não falou em operação Tróia Livre, nem em outra desculpa qualquer, nem escondeu que o motivo da guerra era, crua e simplesmente, saquear. Saquear ovelhas, vacas, cavalos, caldeirões, armaduras, espadas e coisas do gênero, que eram as riquezas da época. Helena foi apenas um estopim. No fim, os homens troianos foram massacrados um a um, até o último, incluindo velhos e meninos. E nem eles nem os gregos tiveram a ilusão de que havia na guerra qualquer tipo de justiça ou moral.
De lá para cá, a barbárie continuou a mesma, exceto por uma novidade: a hipocrisia. Em lugar da palavra saque, foram inventados pretextos como: Deus, a Rainha, a liberdade, o socialismo, a democracia... até se chegar ao clímax com Bush, que faz a guerra pelo desarmamento.
Neste nosso paraíso de belas intenções, ao fim da segunda guerra mundial, os EUA e seus aliados vitoriosos inventaram um tal de Tribunal Militar Internacional, onde os nazistas derrotados (que realmente haviam feito coisas terríveis) foram julgadose condenados à forca. Os juizes foram os próprios aliados vitoriosos que, à parte seus próprios crimes, haviam fechado os olhos ao holocausto. É o cão vitorioso julgando moralmente o cão derrotado. Mas o pior é que esse circo pretendeu dar ao mundo a ilusão de que existe alguma justiça ou moral nas guerras.
Que justiça existe? Que diferença há entre Bush, Agamenon e os cães? No que se refere a motivos, não há diferença nenhuma: ossos, gado ou petróleo, são todos equivalentes. Em todos os outros aspectos, os mais nobres são os cães, pois, das ganâncias, a sua é a menor. Eles desejam apenas um osso; Agamenon quis uma cidade; Bush quer o mundo inteiro.
Quanto à coragem, o contraste é ainda maior, pois Agamenon e os cães fazem a guerra arriscando os próprios pescoços; Bush arrisca apenas o pescoço dos jovens soldados, geralmente pobres, que são enviados ao front. Mas a maior diferença está mesmo na hipocrisia. Bush nega que cobice o osso; nega a carnificina causada por suas mordidas: as cruentas bombas inteligentes; e nega a brutalidade com que trata os adversários vencidos.
Os prisioneiros da guerra do Afeganistão estão até hoje trancafiados em um lugar chamado Guantánamo, um pesadelo no limbo do mundo, onde nenhuma lei e nenhuma moral existem e as torturas e suicídios ocorrem com a mesma desenvoltura que em um abatedouro bovino. Os prisioneiros de guerra iraquianos estão sendo filmados de joelhos, com sacos nas cabeças, algemados de mãos postas, humilhados, agarrados com violência pela nuca e arrastados... E no peito de nenhum deles resta qualquer ilusão sobre a justiça ou a moral da guerra.
O único que ainda parece feliz com a justiça criminal internacional é o próprio Bush, que continua invocando a convenção de Genebra para ameaçar os iraquianos, e não mostra qualquer receio de ser julgado e enforcado como os nazistas. Ele parece acreditar que o direito internacional se aplica apenas aos derrotados e terceiro-mundistas, jamais a ele próprio. Mas, se for assim, então talvez seja melhor que se extingam as cortes internacionais, e a própria ONU, e que reconheçamos que estamos sob a lei da força bruta. As guerras continuarão abomináveis, a barbárie continuará solta, os inocentes continuarão a sofrer, mas pelo menos estaremos livres das ilusões.

Artigo de André Masini
publicado no Jornal O Paraná
em 09/Abr/2003

Wednesday, May 03, 2006

flowervase


flowervase
Originally uploaded by sue kirjner.

Piadinhas... para melhorar o humor


O Gato e o Rato

O ratinho estava na toca e do lado de fora o gato:
- MIAU, MIAU, MIAU ...
O tempo passava e ele ouvia:- MIAU, MIAU, MIAU.
Depois de várias horas e já com muita fome o rato ouviu:- AU! AU! AU!
Então deduziu: Se tem cachorro lá fora, o gato foi embora.
Saiu disparado em busca de comida.
Nem bem saiu da toca o gato CRAU!
Inconformado, já na boca do gato perguntou:
- Pô, gato! Que sacanagem é essa???
E o gato respondeu:-Meu filho, hoje, nesse mundo "Globalizado", quem não fala,
pelo menos dois idiomas...MORRE DE FOME!!!

Homem Esperto Leva Pancada

Numa aldeia de canibais, estes apanham um homem e põe-no num caldeirão.
O cozinheiro vai mexendo e de vez em quando, dá-lhe fortes vergastadas na cabeça
com a colher de pau. O chefe dos canibais ao presenciar esta cena,
vai ter com o cozinheiro e diz-lhe:- Porque fazes isso? Ele já está lixado e está...
O cozinheiro responde:- É que o filho da mãe está a comer as batatas!!!